Com o aumento da vacinação e a diminuição nos indicadores relacionados à covid-19, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo está avaliando a possibilidade de retirar a obrigatoriedade do uso de máscara no estado paulista. Isso, no entanto, não vai acontecer neste momento.
“Estamos avaliando a possibilidade [de retirar o uso de máscara] no futuro. Não neste momento. Apesar da melhora nos números da pandemia hoje, ainda temos pessoas ficando com a doença grave e ainda temos perda de vidas. Por isso ainda devemos continuar usando também essa proteção [máscara], além da vacinação”, disse Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus.
Segundo ele, a máscara, junto com a vacinação, é uma das responsáveis pela diminuição da transmissão do novo coronavírus. Ela foi importante inclusive, segundo ele, para segurar a transmissão da variante Delta, que já é a predominante no estado. “Foi fundamental a contribuição dessa barreira [a máscara] nesse controle”.
Menezes ressaltou que a retirada do uso de máscara não é algo simples de se fazer. “Todos gostaríamos de poder retirar a máscara. Em vários países vimos isso. Mas a história mostrou que as coisas não são tão simples. Nesses lugares [que haviam retirado a máscara] foi necessário voltar atrás nessa recomendação”, disse ele, lembrando que vários países que haviam retirado a obrigatoriedade do uso desse protetor começaram a observar aumento no número de casos de covid-19.
“É possível, num futuro próximo, com a condição melhorando, termos condição de avaliar a possibilidade de liberação. E talvez, primeiramente, em situações mais seguras, como espaços abertos [sem aglomeração]”, disse ele.
O governador de São Paulo, João Doria, disse que essa questão sobre o uso de máscara pode ser anunciada em uma próxima coletiva, marcada para o dia 18 de outubro.
“Estamos dentro de uma visão otimista em relação ao futuro próximo. É um otimismo moderado. Estamos evoluindo bem, com queda em infecção, internação e em mortes. E alta em vacinação. Ainda é preciso ter cuidado. Mas com um horizonte de curto prazo bastante otimista”, explicou Doria.