Foi realizado um ato unificado da Segurança Pública e Cpers (Polícia Civil, Bombeiros Militares, Brigada Militar, Servidores do judiciário e professores) na esquina democrática no centro de Santiago.
Os servidores se manifestaram contra o pacote do governo do Estado. O ato promovido pela Associação dos Inativos da Brigada Militar de Santiago diz não à redução salarial, aumento da alíquota dos aposentados, ao fim da paridade e integralidade e das promoções periódicas. Entre os presentes, estava o presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho – Abamf, dos servidores da Brigada Militar, José Clemente.
Em entrevista a Rádio Santiago disse que a grande prejudicada será a comunidade. No seu entendimento as medidas anunciadas trazem a retração de servidores, muitos pedindo a aposentadoria. Estima que deverão ir para a reserva não menos que 2 mil policiais militares.
O presidente da Abamf garantiu que associação está dialogando com o vice-governador e secretario de segurança Pública, Ranolfo Vieira Junior. Entre as questões, no caso da Brigada Militar está o pagamento por subsidio, que hoje, da segurança pública é a única categoria que não recebe, apesar de ser uma previsão constitucional, mas desde que a tabela seja feita sem perdas aos autuais vencimentos dos servidores. Reitera que o caminho está sendo apontado ao governo, de forma positiva, e a expectativa é de que o mesmo acolha as propostas das categorias.
Em entrevista o governador Eduardo Leite disse que o Rio Grande do Sul, infelizmente, apresenta uma condição fiscal que está entre as piores do Brasil. Tem a maior proporção de servidores inativos e pensionistas em relação aos servidores em atividade. Há 1,63 servidor inativo ou pensionista para cada servidor trabalhando. E é uma conta que deve ser paga no final do mês. Assim, o Estado deixa de investir, não consegue pagar os servidores em dia e precariza a situação de investimentos em segurança, em saúde e nas estradas. Isso tira a capacidade de dar retorno para o povo gaúcho naquilo que ele demanda. O déficit previdenciário do Rio Grande do Sul é de R$ 12 bilhões, justificando a Reforma Estrutural que será encaminhada á Assembleia Legistiva.