Sem saber como agir ou reagir. Esta é a situação de uma criança frente á condição de abuso sexual. Cabe aos adultos ajudar ela a entender o que está acontecendo para que isso não mais se repita. De acordo com a promotora de justiça, Silvia Inês Miron Japp, existem alguns comportamentos que podem servir de sinais e que merecem ser investigados. Um dos deles, bastante comum em criança que sofre abuso sexual, é a perturbação do sono. Ou ela custa a dormir ou fica agitada.
Também acontecem mudanças bruscas e repentinas de comportamentos. A criança, geralmente, perde o interesse por atividades que gostava, tem novos medos, alteração no apetite, curiosidade sexual excessiva ou demonstração de conhecimento sobre o assunto, fora de sua faixa etária, ou manifesta expressões de afeto de forma sexualizada. Sem falar na questão do desempenho escolar com falta de concentração e recusa na participação das atividades.
A promotora ressaltou que o abuso sexual nem sempre deixa marcas físicas, mas marcas emocionais profundas, comprometendo a saúde e a autoestima; aprendizado e vida social da criança. Pediu a todas as pessoas para que fiquem atentas a estas mudanças e havendo alguma denúncia contem com o Ministério Público que tem a responsabilidade de lutar pelos interesses das crianças e adolescentes junto ao Poder Público. Mesmo de forma suspeita é importante que a denúncia seja feita e investigada. Nos meses de janeiro e fevereiro a Promotoria de Justiça atende das 12 às 19 horas, de forma presencial, pelo telefone 3251 1403 ou via e-mail – mpsantiago@mprs.mp.br .