As frutíferas vêm apresentando comportamento atípico nos últimos tempos. É o que define o olhar apurado dos fruticultores nos seus respectivos pomares. Para o engenheiro agrônomo Otávio Mendonça Poleto da Emater de Santiago, “ a agricultura não é matemática”, pois sempre existem fatores determinantes para mudanças. Os produtores de pêssegos comerciais e até pomares domésticos têm relatado grande volume de floração, e mesmo assim com baixo pegamento de frutos
A seca registrada no ano passado formou ramos mais fracos e menos vigorosos. Além disso, a ausência de inverno, que para frutos temperados é indispensável. Percebe-se também que as videiras estão com frutos ralos. Otávio lembra que para a fruticultura desse ano, não ocorreu inverno.
Seriam necessárias, pelo menos 400 horas de frio, abaixo de 7,2 graus, o que não aconteceu. Isto para frutas, rosáceas, pêssegos, ameixa, maças e peras é prejudicial, já que estas frutas precisam do frio para completar o cíclico e formar ramos mais vigorosos no próximo ano. Pediu aos produtores que atentem para o manejo sanitário dos pomares no verão, com vistas à cochonilhas, doenças de folha ou ácaros. O escritório da Emater está à disposição para trocar informações a respeito da aplicação de produtos e cuidados.