A relação falta de chuva e criação de peixe, também necessita de muita atenção para evitar mortandade. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater de Santiago, Otávio Mendonça Poletto o manejo dos tanques de piscicultura em épocas de estiagem devem ser feitos de forma correta, seja em locais com água em abundância ou em pequenos açudes.
As atenções para evitar mortes de peixes, começam com os chamados açudes de coxilha, aqueles que não têm reposição de água que, com a estiagem tendem a baixar. Uma das principais observações é com a lotação de peixe para o cultivo extensivo verificado no interior. A lotação deve ser baixa, a alimentação não deve ser frequente, para garantir o aumento do oxigênio da água.
Otavio ressalta que normalmente os três fatores temperatura, alimentação e lotação alta, e, volumes baixo de água acabam ocasionando a queima de oxigênio e a morte dos peixes./ Os produtores devem manter a lotação dos açudes de média a baixa e regular a alimentação dos peixes. Em épocas de seca de forma alguma se deixa comida sobrando nos tanques, pois a decomposição do alimento vai causar a queima do oxigênio.
O agrônomo explica que o processo de oxigenação da água acontece de duas formas: a produção por algas e pela movimentação, entre o ar e a água.
O horário mais crítico para ocorrer oxigênio em um açude seria no fim da madrugada. A falta de luz e menos vento, diminuem o movimento da água e, consequentemente a troca do ar.
Os piscicultores que possuem maior produção investem em aeradores que são ligados à noite para gerar a movimentação mecânica da água e garantir o oxigênio. Mais informações sobre piscicultura em época de seca estão à disposição no escritório municipal da Emater- Santiago.