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25/05/2021 | 16h01min

Museu Pedro Palmeiro: pesquisador comprova origem de peça em arte barroca

Professor Édison Hüttner apresentou os resultados de uma pesquisa histórica que fez em cima de uma peça do acervo

Através de uma live promovida pelo perfil do Museu Municipal Pedro Palmeiro, o professor Édison Hüttner apresentou os resultados de uma pesquisa histórica que fez em cima de uma peça do acervo. Ele esteve no ano passado em Santiago para conhecer o Museu, onde foi recebido pela então coordenadora, Nilda Pimentel. Apelidado de "Indiana Jones" por suas descobertas arqueológicas, Huttner é pós-doutor em História e professor do programa de Pós-Graduação em História e Teologia pela PUCRS e coordenador do Grupo de Pesquisa Arte Sacra Jesuítico-Guarani e Luso-Brasileira. Também é doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana, de Roma.

 

Huttner contou que ficou bem entusiasmado em conhecer o Museu Pedro Palmeiro no ano passado, reconhecendo como valioso o acervo do local. Mas lhe chamou muito a atenção uma peça em especial, a de um querubim missioneiro, que o motivou a iniciar uma pesquisa e verificar a sua origem.

 

Com a autorização do município, ele levou a peça ao Instituto do Cérebro da PUCRS, para fazer uma tomografia e averiguar a sua autenticidade. Após essa etapa, o pesquisador Édison Hüttner se debruçou em seu estudo sobre a arte sacro-jesuítica, considerando também os depoimentos que conseguiu sobre a família que doou a peça ao museu.

 

Segundo o professor Huttner, o querubim missioneiro de Santiago tem mais de 200 anos e teria sido produzido com técnicas de policromia características das esculturas mssioneiras dos séculos XVII e XVIII, sendo um peça de arte barroca-jesuítico guarani, possivelmente produzido em alguma de reduções de Santa Rosa, Santo Ângelo ou mesmo da Argentina, considerando a origem dos avós da senhora Célia Machado, doadora da peça ao museu, cujo bisavô era índio e residia em Giruá, cidade que fica entre Santa Rosa e Santo Ângelo. 

 

Com a saída dos jesuítas as reduções ficaram abandonadas e os índios se dispersaram, sendo que alguns deles levaram consigo a arte sacra de alguns templos, confeccionada nas oficinas e reduções. O querubim missioneiro de Santiago poderia ter feito parte de uma grande escultura ou altar.

 

"Essa peça é um patrimônio histórico e cultural do município de Santiago. E acredito que mereça ganhar evidência e ser apreciada pelos visitantes do Museu de Santiago, com seus 300 anos de história", afirmou o professor Édison Huttner na live, mediada pelo coordenador de Cultura, Rodrigo Neres, que relacionou a atividade à Semana Nacional dos Museus. Toda a pesquisa em cima da peça ficará disponível no Museu Municipal Pedro Palmeiro, cedida pelo professor e pesquisador Édison Huttner.

 


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