Os hospitais continuam enfrentando crise de recursos e operando com tabela do SUS bastante desfasada, além de enfrentar atrasos nos repasses pelo Sistema Único de Saúde.
A observação é do administrador do hospital de caridade de Santiago, Ruderson Mesquita.
Alerta que a crise do Estado pegou de cheio os hospitais que estão pagando preço muito alto. Salienta que além de o hospital não ter nenhum reajuste perdeu alguns incentivos, como por exemplo, R$ 150 mil/mês nos últimos quatros anos. Mesquita salienta que é preciso muito malabarismo para conseguir quase 80% do SUS e pagar as contas.
O administrador do HCS observou que o SUS deixa por mês em torno de R$ 600 mil a R$ 700 mil de prejuízos, valores considerados significativos.
Por isso o hospital precisa de alternativas, como o Cartão Pronto Saúde, realização de exames no Centro de diagnóstico do hospital para que o mesmo continue suportando o atendimento pelo Sistema Único de Saúde.
Enfatiza que a comunidade não tem culpa de irresponsabilidades dos governos, da falta de capacidade e gestão.
Garantiu que o hospital está se utilizando de todas as formas para que isso não atinja a população e garanta a qualidade dos serviços.
O Hospital de Santiago, mesmo diante de toda a crise tem se mantido, inclusive ampliando atendimento pelo SUS. “ Mas é preciso muito trabalho em equipe, gestão e apoio da comunidade local e regional para conseguir manter a casa de pé”, conclui Ruderson.