Com o torneio paralisado desde 15 de março, o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, admitiu a possibilidade do Campeonato Gaúcho retornar no dia 19 de julho, no entanto indicou que os jogos só poderão ser realizados em regiões com a bandeira amarela, que em sua visão, dificulta a realização da competição. A visão contrasta com a opinião do seu recém-empossado secretário de Esporte, Francisco Vargas.
“Em um campeonato estadual, pressupõe que ele ocorra em todo estado, de forma equânime. A forma como vai ser feito o campeonato é da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Nós já dissemos que não há possibilidade de abertura de portões e presença de público. Se for para conclusão dos jogos, somente nas regiões de bandeira amarela, onde pode ter prática de esportes de contato como futebol, desde que obedeça aos protocolos, há esta possibilidade”, argumentou, em entrevista ao Balanço Geral, nesta terça-feira.
Entretanto, o secretário Francisco Vargas, que assumiu a pasta do Esporte e Lazer há uma semana, apontou que, em seu entendimento, regiões com risco médio de transmissão da Covid-19 apresentam condições de receber partidas do Gauchão: “Com todas as questões apresentadas pela Federação, a bandeira laranja não seria impeditivo para realização de jogos. Inclusive, terão que se realizar partidas em cidades com essa classificação, pois, hoje, por exemplo, somente Pelotas está em amarelo”, explicou Vargas, em entrevista ao programa "Repórter Esportivo", da Rádio Guaíba, nesta terça-feira.
A Federação Gaúcha de Futebol e a Secretaria de Esporte e Lazer devem voltar a debater uma data para a retomada do Gauchão nesta sexta-feira, véspera da próxima atualização das bandeiras do Distanciamento Controlado, para a qual, de acordo com o governador, há o risco de as regiões de Caxias do Sul e Porto Alegre entrarem na bandeira vermelha.