Diretores da Associação dos Agentes, Monitores e Auxiliares Penitenciários do RS (Amapergs-Sindicato) promoveram importante reunião na manhã desta quinta-feira, 30 para a qual foram convidados representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e Juizado da Vara de Execuções Criminais com objetivo de avaliar as condições de trabalho dos agentes que atuam no presidio estadual de Santiago.
O diretor da Amapergs, Rodrigo Kist disse que os mesmos estão trabalhando com muita dificuldade para manter a segurança da população de Santiago. Salientou que o presidio local apresenta um problema sério, que não é diferente dos demais do estado, que a é superlotação e o déficit do efetivo funcional.
Entretanto o mais gritante aqui é a falta de estrutura para a separação dos presos, por contar somente com uma galeria, além de outras demandas como a falta de tratamento de esgoto, viaturas e falta de munição antimotim. Por isso foi proposto ao Judiciário e Ministério Público o pedido de interdição da casa prisional.
Rodrigo já é sabedor que o MP tem se demonstrado sensível á situação atual do presidio de Santiago, reconhecendo ainda que, por parte do Judiciário existe o fator “cautela”, porque o preso teria que ser remetido à outra Comarca, sem falar que todo o sistema prisional atualmente está superlotado. Lembra que o déficit, em toda a Susepe, gira em torno de 11 mil vagas. “Existem 24 mil vagas e 36 mil presos, obrigando se continuar assim, às Delegacias de Polícia albergar detentos, o que é considerado um absurdo”, acrescenta.
Pelos últimos dados divulgados dia 28, pelo administrador do presidio estadual de Santiago, Marcelo Machado, o sistema tem capacidade para 64 apenados, estando com 165 (média de 11 por cela, cuja capacidade é de 04); o albergue com capacidade para 48 detentos, hoje está 46, totalizando 211 presos.