O presidente do Sindicato Médico do RS (Simers), Paulo de Argollo Mendes disse em entrevista aqui na Rádio Santiago que a entidade está preocupada com o “desmonte” gradativo, mas permanente do IPE.
Segundo ele, o Instituto de Previdência do estado possui um milhão de usuários e está se tornando “um queijo suíço” pelo descredenciando de profissionais, na medida em que percebem que estão pagando para atender no instituto.
Informa que o IPE paga R$ 47,00 a consulta, e espera que com este valor o profissional monte toda a estrutura que ele precisa para que seus pacientes sejam atendidos. Argollo acrescenta que se for somada a despesa de atendimento pelo IPE, o médico se da conta de que está trabalhando de graça, levando ao descredenciamento.
O presidente do Simers disse que a esperança é de que algo mudasse com a nova gestão do IPE, o que até então não ocorreu. Observa que o instituto há seis anos não reajusta a remuneração dos médicos e neste meio tempo aumentou a arrecadação em 57%, afirmando que a contabilidade do mesmo é uma “ caixa preta’ e quando questionado sobre o assunto as respostas são evasivas.
O Sindicato Médico do RS, segundo Argollo deseja esclarecer “ se há uma intenção deliberada do governo do Estado de acabar com o IPE ou se está ocorrendo um gerenciamento inadequado do mesmo”. Reitera que o desmonte gradativo deste órgão é um prejuízo grande para a saúde do estado.
Durante encontro que manteve ontem (30) com médicos em Santiago, Paulo de Argollo Mendes tratou ainda do Plano de pagamento por metas para os médicos e do atraso nos repasses do governo do RS aos hospitais.