Os professores estaduais se reuniram nesta sexta-feira, 24, após seis semanas em greve e decidiram manter a paralisação da categoria. A decisão foi tomada em assembleia no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. Foram 730 votos pela continuação da greve e 691 pelo fim do movimento.
A assembleia começou às 14h. Após a fala da presidente do Cpers, Helenir Schürer, outros 16 professores se inscreveram para discursar, tendo três minutos para defender a opinião. A votação ocorreu em urnas, e a contagem dos votos levou mais de uma hora.
Na última quarta-feira, o governo do Estado apresentou uma resposta à contraproposta que havia sido encaminhado pela categoria. No documento, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) reafirmou que vai revogar a criação de um grupo de trabalho que avaliaria a gratificação do difícil acesso. A pasta também prometeu nomear professores sempre que necessário e a priorizar o pagamento da autonomia financeira das escolas.
A resposta do governo também trazia a promessa de repassar R$ 40 milhões, até o fim de junho, para obras em escolas. A Seduc, no entanto, voltou a dizer que não tem como discutir reajuste salarial pelas dificuldades financeiras do Estado.
Sobre a situação do ponto dos grevistas, o governo propôs não descontar os dias parados se os professores cumprirem os dias letivos, por meio de um calendário de recuperação das aulas perdidas.
GAÚCHA