Os professores da rede pública estadual decretaram na última terça(5) greve por tempo indeterminado, depois de assembleia geral realizada no largo Glênio Peres, em Porto Alegre, com efeito imediato. Os professores protestam contra o parcelamento dos salários.
Conforme o diretor do 29º núcleo do Cpers em Santiago, Leandro Wesz, ao chegar ao 21º parcelamento de salários, a categoria decidiu, por unanimidade parar as atividades e desenvolver durante o mês de setembro o calendário de mobilização de atividades, incluindo caravanas incluindo visitação e todas as escolas para promover uma reflexão junto aos professores e funcionários de escola.
O Cpers orienta aos pais para que não enviem seus filhos às escolas estaduais e que na dúvida entrem em contrato com a instituição de ensino. Leandro disse que a classe precisa da compreensão da sociedade, frente a atual situação. SONORA (Temer).
O Cpers também está convidando todos os professores e funcionários para estarem em Porto Alegre, quando no dia 12, na Praça da Matriz haverá ato público para dar seguimento às atividades propostas no calendário de mobilização, entre elas pressão contra a votação do PL e das PECs que atacam o direito dos professores. Também haverá um acampamento, a partir desta data, com a participação no Dia de Lutas, em 14/09/2017.
Além da questão do parcelamento o Centro dos Professores do RS elencou eixos específicos de luta: Pelo pagamento integral do salário, do 13º e pelo fim dos parcelamentos; pela retirada das PECs 261, 257, 242, 258 e do PL 148; contra o arrocho salarial e pela reposição salarial e em defesa da democracia.
Na área do 29º núcleo do Cpers –(Santiago, Jaguari, São Vicente do Sul, Capão do Cipó, Nova Esperança do Sul e Unistalda), a maioria das escolas trabalhou com turno reduzido hoje e estarão fazendo reuniões na sexta e segunda-feira./ A tendência de acordo com o Cpers, é de que todas entrem efetivamente em greve.
Conforme levantamento da reportagem da Rádio Santiago, apesar da greve a direção das escolas estaduais Cândido Genro, Thomas Fortes, Cristóvão Pereira e Apolinário Porto Alegre mantiveram a participação no desfile.
O Instituto Professor Isaias e a Escola Monsenhor Assis optaram por não desfilar. Apenas as bandas representarão estas instituições que levaram em consideração os investimentos e ensaios de seus componentes para o desfile de Sete de Setembro.