Marcos Bueno, poucos o conhecem por esse nome, mas bastou dizer: Marquinhos da Mocidade e pronto, todos sabem de quem se trata. De imediato vem em mente a alegria de menino, a paixão pelo carnaval e a devoção pela Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
Então fica até difícil imaginar a emoção de Marquinho quando entrou pela terceira vez na Marquês de Sapucaí para defender as cores verde e branco de sua escola do coração, que nesse ano mostrou uma viagem pelo Brasil de Dom Quixote, cavaleiro delirante do escritor espanhol Miguel de Cervantes, pelos problemas e pela cultura do país.
"É grandioso, espetacular, quase impossível de descrever o que se vê lá. Quando entrei na avenida parecia que estava levitando, é muita emoção", conta o carnavalesco, que nesse ano participou da ala "Guerra dos Canudos", vestindo uma das mais belas fantasias, pesando cerca de sete quilos.
A Mocidade fez um desfile grande e levou para a Sapucaí 4 mil integrantes e sete carros, o máximo permitido pelo regulamento.
Houve um problema com um carro na dispersão, que dificultou a saída de algumas alegorias e quase comprometeu a evolução da Mocidade, mas sem deixar de levantar o público.
O futuro
Marquinhos avisa: em 2017 fará o carnaval em Santiago, onde pretende desenvolver e buscar alternativas para que o município volte a ter desfiles de escolas de samba, alegorias e adereços, o que para ele é a alma da folia.
Nesses três anos acompanhando o carnaval do Rio de Janeiro, Marquinhos viu, ouviu e aprendeu muitas coisas e é essa experiência que ele quer dividir com a comunidade e aqueles que fazem o carnaval em Santiago.